sábado, 15 de maio de 2010

Os caminhos que a vida segue, vezes parece emplacar em nós total conflito espiritual
É difícil questionar as coisas que não temos conhecimento de como foi parar lá
Complicamos e confundimos as lições e os deveres
Apesar disso, as respostas vão aparecendo aos poucos, à medida que nos sentimos ainda mais a mercê do destino e de suas questões intermináveis
De certo sentiremos frio algumas vezes e choraremos sozinhos
Intermináveis lágrimas acudirão nosso rosto seco e necessitado de afagos
É o tempo, maravilhoso e impiedoso que então coloca fim ao sofrimento
Acabam aquelas crises e vemos amigos sorrindo, nos erguendo as mãos
Que vida risível nos faz sentir sozinhos mesmo estando tão abarrotado de amores e amigos?
Não tente entender, ou tente, sinta-se louca parte do tempo, triste, alegre, instável, inconstante
O amor não se mede, apesar de toda a intensidade que a ele se dedica
Não se mede pelos erros ou pelos acertos
Ou pelas chances que damos, por nos sentirmos bem com ele, mesmo com feridas ainda sangrando n'alma
Não se mede e não se entende
Dos tristes aos felizes, incrédulos, intelectuais, todos tentaram descrever a infinidade de partículas liberadas na reação endotérmica do amor
Sem saber que ele não é mesmo química, física, matemática ou português
As matérias exatas ou inexatas -me perdoe o termo desapropriado- não são capazes de entender como algo que, segundo a biologia, deveria durar no máximo três anos, assume a infinidade de anos subseqüentes
Não tente entender, meu bem, por que me rogas tanto amor, tanto quanto não tento entender as loucuras sofríveis que senti por amar
Apenas te amei na intensidade de cada momento que fui capaz
Dediquei a ti risos, compartilhei lágrimas, fui verdadeira, não duvides jamais
Fui verdadeira em cada segundo que, sem dizer, te amei.

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