quinta-feira, 25 de março de 2010

Novos ares



Agora sinto livre o ar em minhas madeixas
Apesar dos sentimentos que ainda guardo em mim
Subo os morros da revolução deixando cair às algemas apertadas que me acorrentaram um dia
O cheiro suave remete a criação de um novo mundo
Para cada grande caminho percorrido, inicia com primeiro passo
Faço-me de grãos, gotas e manchas no papel
Nada reprimo só aos poucos liberto o sol por entre as grades
Fazendo-as sumir aos olhos ofuscados
Calo-me se necessário a fins maiores
Sem me deixar calar
Paro quando preciso
Sem me deixar parar
Só desejo hoje, mais sábia que antes
Seguir multiplicando na sabedoria do meu raio quadrado
E dividindo frutos àqueles deixados ao chão pela retirada de suas seivas a brutalidade

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